Somália: Al-Shabaab reivindica ataque em Mogadíscio
31 de dezembro de 2019O anúncio foi feito esta segunda-feira (30.12) através da emissora oficial do grupo terrorista, a "Andalus". O porta-voz do Al-Shabaab, Ali Mohamud Rage, garantiu que o alvo da ação eram civis turcos.
"Seguiremos atacando os turcos que invadam o nosso país", garantiu o representante da organização.
O massacre vitimou engenheiros de origem turca e está a ser considerado o pior ataque terrorista realizado na Somália desde 2017, quando a explosão de vários carros-bomba deixou mais de 500 mortos em Mogadíscio.
Mais vítimas civis
Além dos engenheiros, entre os mortos no atentado figuram pelo menos 16 estudantes da universidade privada de Banadir, cujo autocarro passava no posto de controlo na altura da explosão.
Pela primeira vez, a Al-Shabaab pediu desculpas às vítimas civis do ataque, o que justificou como necessário na luta contra o Estado somaliano e seus apoiadores estrangeiros.
"Lamentamos muito as perdas na nossa sociedade muçulmana somali e estendemos as nossas condolências aos muçulmanos que perderam suas vidas e/ou feriram e/ou tiveram suas propriedades destruídas".
Pelo menos 25 pessoas estão desaparecidas, desde o dia do massacre, segundo fontes do Governo somali.
O Al-Shabaab assumiu o atentado horas depois que a Agência Nacional de Inteligência e Segurança da Somália acusou um "país estrangeiro" de organizar a ação, embora sem divulgar detalhes ou qualquer evidência.
Mogadíscio tem sido palco de diversos ataques do Al-Shabaab, grupo filiado a Al-Qaeda desde 2012 e que controla áreas rurais do centro e sul da Somália.