Uma "prenda de aniversário" para José Eduardo dos Santos
28 de agosto de 2017O chefe de Estado angolano faz 75 anos esta segunda-feira, 28 de agosto, e o Bureau Político do partido no poder, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), enviou-lhe a habitual mensagem de parabéns.
Este é último aniversário de José Eduardo dos Santos como Presidente da República, depois de quase 38 anos no cargo.
"Neste momento de festa, o Bureau Político expressa a sua profunda gratidão por tão excelente trabalho realizado, em que deixa como legado uma Angola totalmente pacificada e reconciliada, numa altura em que os seus filhos acabam de dar, com base nos dados provisórios, mais uma vitória decisiva ao MPLA, o partido do coração do povo angolano, que acaba de vencer, convincentemente, as eleições gerais de 2017", lê-se na mensagem citada pela agência de notícias Lusa.
Em jeito de balanço, o Bureau Político elogiou ainda as "qualidades de patriota consequente [de José Eduardo dos Santos], que soube manter a soberania da pátria angolana", enfrentando "todas as invasões militares externas e as vergonhosas ingerências políticas de todo o tipo".
"A sua entrega invulgar à nobre causa da paz, da liberdade e do desenvolvimento de Angola é uma qualidade que o camarada presidente José Eduardo dos Santos, o arquiteto da paz, tem demonstrado ao longo da sua vida de militante e de dirigente político, característica que o tornou num excecional estadista, numa bandeira e num caminho a seguir", diz ainda a mensagem do Bureau Político.
UNITA apresenta reclamação
Segundo os resultados provisórios divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola, o partido de José Eduardo dos Santos saiu vitorioso das eleições gerais de 23 de agosto, com cerca de 61% dos votos; a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) ficou em segundo lugar com 26,7% dos votos. Mas a maior força da oposição afirma ter números diferentes.
Por isso, segundo a agência Lusa, o partido pediu à CNE que "cesse a divulgação dos resultados provisórios até que sejam sanadas as irregularidades constatadas" pelos representantes do partido e "que se abram os centros provinciais de escrutínio aos mandatários das candidaturas "para presenciarem o apuramento" dos votos, como estipula a lei eleitoral.
A UNITA apresentou oficialmente uma reclamação no domingo (27.08).