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Zimbabué: Ex-chefe militar é novo vice-presidente do ZANU-PF

AFP | Reuters | Lusa | DPA | tms
23 de dezembro de 2017

Costantino Chiwenga comandou a operação militar que resultou na renúncia de Robert Mugabe. O ex-ministro da Segurança Interna, Kembo Mohadi, também vai assumir a vice-presidência do partido governista.

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Constantino Chiwenga: vice-presidente do partido no poder depois de operação contra Mugabe Foto: Getty Images/AFP/J. Njikizana

O Presidente zimbabueano, Emmerson Mnangagwa, nomeou o ex-chefe do Exército, Constantino Chiwenga, e o veterano político Kembo Mohadi como vice-presidentes do partido no poder, a União Nacional Africana do Zimbabué - Frente Patriótica (ZANU-PF).

Costantino Chiwenga comandou a operação militar que afastou Robert Mugabe depois de 37 no poder. Kembo Mohadi é ex-minsitro da Segurança Interna de Mugabe.

Num comunicado oficial, divulgado este sábado (23.12), o secretário de imprensa presidencial, George Charamba, disse que ambos foram nomeados "com efeito imediato" como vice-presidentes de Mnangagwa no partido. Outros dois altos oficiais já no início do mês receberam postos ministeriais.

Chiwenga aposentou-se esta semana, pouco mais de um mês depois que os militares tomaram temporariamente o controle do país no dia 15 de novembro, quando as rivalidades internas aumentaram no ZANU-PF devido à sucessão presidencial.

A operação militar, que segundo as forças armadas visava os aliados corruptos no Governo Mugabe, ocorreu dias depois do afastamento de Mnangagwa do cargo de vice-Presidente.

Ex-ministros de Mugabe acusados de corrupção

A ação dos militares impediu Robert Mugabe de continuar a manobrar politicamente para que a mulher, Grace Mubage, o substituísse na Presidência do país. A ex-primeira-dama foi também expulsa do ZANU-PF, juntamente com dois dos ministros mais próximos do ex-Presidente, os da Educação Superior, Jonathan Moyo, e o das Finanças, Ignatius Chombo.

Neste sábado, a polícia do Zimbabué informou que o ex-ministro da Agricultura, Joseph Made, e o ex-ministro regional, Jason Machaya, foram presos sob acusações de corrupção. As prisões fazem parte das promessas do novo Presidente de combater a corrupção e reconstruir a economia do país.