África subsaariana cresce 2,9% em 2017
11 de janeiro de 2017"O crescimento da África subsaariana deverá ter um aceleramento modesto de 2,9% em 2017 à medida que a região continua a ajustar-se a preços mais baixos dos produtos básicos", lê-se no relatório do Banco Mundial divulgado esta quarta-feira (11.01) com o título "Perspetivas Económicas Globais: Investimento fraco em tempos incertos".
"Segundo as estimativas, o crescimento na região da África subsaariana caiu para 1,5% em 2016, o ritmo mais lento em duas décadas à medida que as economias de exportação de preços de produtos básicos se ajustavam a preços baixos", lê-se no relatório, que dá conta que "os países exportadores de petróleo, que contribuíram dois terços da produção regional, foram responsáveis pela maior parte da retração, ao passo que a atividade em economias sem uso intensivo de recursos geralmente permaneceu sólida".
Angola deverá expandir-se com taxa moderada
Nas previsões específicas para as maiores economias africanas, o Banco Mundial considera que "Angola deverá expandir-se a uma taxa moderada de 1,2% à medida que uma inflação elevada e uma política rígida pressionarem o consumo e o investimento".
Sobre Moçambique, os analistas do Banco Mundial lembram a divulgação da dívida escondida, que eleva o rácio sobre o PIB para 110%, e dizem que o ambiente de negócios deteriorou-se por causa disso.
Os riscos a estas previsões apresentadas são mais negativos que positivos: "Externamente, a intensificação da incerteza política nos Estados Unidos e na Europa poderá levar a uma volatilidade do mercado financeiro e a custos mais elevados dos empréstimos ou eliminar os fluxos de capital para os mercados emergentes e fronteiriços", lê-se no documento.
Internamente, concluem, "os riscos domésticos incluem impossibilidade de ajustar-se a preços baixos dos produtos básicos e a uma procura global mais fraca", para além de pressões populistas que podem limitar as reformas políticas e económicas.
CPLP: Previsão em % do PIB
A nível mundial, a instituição com sede em Washington prevê uma expansão de 2,7%.
Relativamente a alguns Estados membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), as previsões são as seguintes:
Angola.....1,2, Cabo Verde.....3,3, Guiné Equatorial....-5,7, Guiné-Bissau....5,1 e Moçambique....5,2