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Alemanha promete financiar compras de armas pela Ucrânia

19 de abril de 2022

Após reunião virtual com líderes ocidentais, Olaf Scholz defende envio de armas leves ao invés de tanques. EUA, Reino Unido e Canadá prometem manter envio de armamentos e ajuda humanitária a Kiev.

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Chanceler alemão, Olaf Scholz. Ele destacou que sua prioridade é fornecer à Ucrânia o que estiver disponível mais rapidamente
Chanceler alemão, Olaf Scholz, destacou que a prioridade é fornecer à Ucrânia o que estiver disponível mais rapidamenteFoto: Lisi Niesner/AFP/Getty Images

O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, assegurou nesta terça-feira (19/04) que seu país financiará diretamente o envio de armas para a Ucrânia, mas não mencionou a entrega de armamentos pesados, como tanques de guerra.

Scholz participou de uma videoconferência com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e outros líderes ocidentais, na qual foi discutida a nova fase da guerra na Ucrânia, após a Rússia iniciar uma forte ofensiva no leste do país.

Na Alemanha, Scholz enfrenta forte pressão da oposição e de seus próprios parceiros na coalizão governista para entregar armamentos pesados para as forças ucranianas, como os tanques alemães Leopard.

O chanceler federal, porém, disse que a Alemanha e seus aliados concluíram que faz mais sentido enviar sistemas que já são utilizados na Ucrânia, como alguns armamentos da era soviética que os países parceiros da Otan ainda possuem.

Isso possibilitaria uma entrega mais rápida e fácil, sendo que esses equipamentos poderiam ser utilizados dentro de pouco tempo pelos ucranianos. Scholz destacou que sua prioridade é fornecer o que estiver disponível mais rapidamente.

Inicialmente, a estratégia seria enviar o que for possível dos limitados estoques da Bundeswehr (Forças Armadas alemãs).

Posteriormente, Berlim poderia financiar compras de armamentos realizadas por Kiev. Ele considera que seria um equívoco a Alemanha tomar decisões unilaterais nesse sentido.

As mentiras que viralizaram sobre a guerra na Ucrânia

O líder alemão afirmou que é essencial evitar que o conflito na Ucrânia se espalhe para outros países, motivo pelo qual, "a Otan não irá e não poderá interferir diretamente na guerra". "Vamos todos continuar a ajudar a Ucrânia financeiramente, e também, militarmente", afirmou Scholz.

"Pedimos à indústria alemã de armamentos que nos informe qual tipo de material pode ser enviado no futuro próximo", disse o chanceler.

Ele explicou que Berlim avalia junto a Kiev as necessidades das forças ucranianas, para então fornecer os recursos financeiros.

Entre os itens a serem fornecidos ou adquiridos estariam armamentos antitanques, equipamentos de defesa antiaérea, munições e outros que possam ser utilizados em combates de artilharia.

Ocidente reitera apoio a Kiev

Na reunião, Biden e os demais líderes discutiram a imposição de novas e dolorosas sanções à Rússia, além do envio de armamentos para as forças ucranianas.

Segundo a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, as nações ocidentais reiteraram o comprometimento com o fornecimento de segurança, mas também de ajuda econômica e humanitária.

Na conversa de 90 minutos, os aliados debateram os esforços coordenados para impor "graves custos econômicos e consequências à Rússia". As futuras ações serão coordenadas através do G7, da União Europeia (UE) e da Otan.

Além de Scholz e Biden, participaram da reunião os líderes da França, Canadá, Reino Unido, Itália, Polônia e Japão, além da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

Assim como Scholz e Biden, os primeiros-ministros do Reino Unido, Boris Johnson, e do Canadá, Justin Trudeau, também prometeram enviar armas de artilharia para as forças de defesa ucranianas.

rc (AP, DPA, Reuters)