Apoio a impeachment de Dilma cai para 61%
10 de abril de 2016O total de brasileiros a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff diminuiu para 61%, ou seja, 7 pontos percentuais a menos do que em março, mostrou neste domingo (10/04) pesquisa do Datafolha divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo.
O apoio à renúncia de Dilma diminuiu 5 pontos percentuais, sendo agora de 60%.
A pesquisa também mostrou que 58% dos entrevistados são favoráveis ao impeachment do vice-presidente, Michel Temer (PMDB), enquanto 60% acham que ele deveria renunciar.
Essa foi a primeira vez que o Datafolha pesquisou sobre o apoio à a renúncia ou ao impeachment do vice-presidente.
No caso de ambos os cargos de presidente e vice-presidente ficarem vagos, a pesquisa mostrou que 79% dos entrevistados são a favor da realização de uma nova eleição.
O Datafolha realizou 2.779 entrevistas em 170 municípios nos dias 7 e 8 de abril. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa também revelou uma queda no índice reprovação governo de Dilma Rousseff, que caiu de 69% para 63% entre março e abril.
A mesma sondagem apontou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera as intenções de voto para as eleições presidenciais de 2018, empatado tecnicamente com a ex-ministra Marina Silva, enquanto o apoio caiu para os possíveis candidatos do PSDB.
Em cenário com Lula, Marina e o presidente do PSDB, Aécio Neves, Lula lidera com 21% das intenções de voto, seguido por Marina Silva, com 19%, o que caracteriza empate técnico, por estar dentro da a margem de erro da pesquisa.
Aécio Neves tem 17% das intenções de voto, ou seja, dez pontos percentuais a menos que os registrados em dezembro do ano passado.
Para 40%, Lula foi o melhor presidente
No caso de o candidato do PSDB ser o ex-governador de São Paulo José Serra, ele teria 11%. Nesse cenário, Marina Silva e Lula ficariam empatados com 22%.
O vice-presidente Temer, que assumiria em caso de desimpedimento de Rousseff, ganhou de 1% a 2% das preferências em todos os cenários, e apenas 16% dos entrevistados acreditam que ele iria realizar uma gestão "ótima ou boa"
Já o ex-presidente Lula lidera em dois aspectos contrastantes. Por um lado, ele registra a maior taxa de rejeição, com 53% dos entrevistados dizendo que não votarão nele sob quaisquer circunstâncias.
Por outro, Lula é o mais apontado quando as respostas são espontâneas, sem terem sido estimuladas pela citação de nomes, sobre quem foi o melhor presidente do Brasil. No total, 40% mencionaram o ex-líder sindical, um aumento de cinco pontos percentuais em relação ao índice obtido em março.
MD/rtr/dpa