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Euro e bolsas em alta

10 de maio de 2010

Mercados financeiros reagem bem ao pacote de 750 bilhões de euros anunciado pela União Europeia para fortalecer a moeda comum do bloco. Bolsas de Frankfurt e Londres sobem mais de 5% após anúncio.

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Em Frankfurt, curso do DAX foi positivo ao longo do diaFoto: AP

O pacote emergencial de estabilização do euro foi bem recebido pelos mercados financeiros da Europa nesta segunda-feira (10/05). O índice DAX, da Bolsa de Valores de Frankfurt, encerrou o dia com alta de 5,3%, a maior em 13 meses, e que recuperou boa parte das perdas da semana passada.

Em Londres, o índice FTSE 100 subiu 5,16%. Em Madri, a alta foi de 14,43%. O euro também se recuperou diante da moeda norte-americana, e vale 1,2969 dólar no final desta segunda-feira, depois de chegar a bater a marca de 1,30 dólar ao longo do dia.

Na madrugada desta segunda-feira, os ministros das Finanças dos países do euro acordaram um pacote de 750 bilhões de euros para garantir a estabilidade da moeda comum europeia. Desse total, 500 bilhões são garantidos pela União Europeia e 250 bilhões pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

BCE compra títulos de países europeus

O inédito anúncio de que o Banco Central Europeu (BCE) iria comprar títulos da dívida pública de países europeus também contribuiu para acalmar os mercados. O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, não revelou o montante da transação.

A legislação europeia proíbe o BCE de comprar títulos diretamente dos governos, mas não impede que o faça no mercado financeiro. Críticos afirmam que o banco cedeu a pressões políticas e que a decisão põe em xeque a credibilidade da instituição.

"O BCE está encurralado pelos políticos e comete um pecado que um banco central não deveria se permitir", apontou o economista Martin Faust, da Frankfurt Scholl of Finance & Management.

Trichet refutou acusações de que a ação afetaria a independência da instituição. Segundo ele, a decisão partiu do conselho do banco e não foi motivada por pressões externas. A legislação europeia veda aos países europeus influir no Banco Central.

Com a decisão de comprar títulos, o BCE acaba financiando, na prática, uma parte das dívidas de países europeus em dificuldades financeiras, como a Grécia.

AS/dpa/rtrd
Revisão: Augusto Valente