1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Coalizão liderada pelos EUA volta a atacar "Estado Islâmico" na Síria

27 de setembro de 2014

Pelo menos sete alvos em território sírio são atingidos, incluindo a província central de Homs e a cidade fronteiriça de Ayn al-Arab. Jatos britânicos sobrevoam Iraque pela primeira vez.

https://p.dw.com/p/1DM8d
Foto: Reuters/U.S. Air Force/Senior Airman Matthew Bruch

A coalizão militar internacional liderada pelos Estados Unidos realizou novos ataques neste sábado (27/09), atingindo alvos do "Estado Islâmico" (EI) na Síria e no Iraque.

Foram realizados ataques na província central síria de Homs, pela primeira vez desde o início da ofensiva ocidental contra os radicais islâmicos, e também foram alvejadas instalações de controle na cidade de Minbej, perto do limite ocidental da área sob controle do EI, afirmou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma ONG baseada em Londres.

Segundo o diretor da organização baseada em Londres, Rami Abdel Rahman, os alvos atingidos em Homs estavam bem distantes do front das batalhas entre rebeldes e forças leais ao presidente Bashar al-Assad, que controla a cidade de Homs.

Ataques na "sede" do califado

O Pentágono confirmou a nova rodada de ataques aéreos comandados pela Forças da coalizão, ressaltando que eles atingiram sete alvos na Síria, incluindo um prédio do EI e dois veículos carregados com armas que cruzavam a fronteira na cidade curda de Ayn al-Arab, também conhecida como Kobane, ocupada pelos radicais.

Outros alvos na Síria incluíram veículos e prédios dos jihadistas próximos de Al-Hasakah, além da cidade de Raqqa, a qual os islamistas haviam declarado ser a "sede" do califado anunciado em junho passado. "Pelo menos 31 explosões foram ouvidas na cidade de Raqqa e imediações", afirmou o Observatório.

Os ataques foram realizados pela Aeronáutica e Marinha dos Estados Unidos, e contaram com aviões da Arábia Saudita, da Jordânia e dos Emirados Árabes, afirmou o comando americano.

"Combinados com nossos contínuos esforços no Iraque, esses ataques continuarão impedindo a liberdade de movimento do 'Estado Islâmico' e desafiando sua habilidade de planejar, coordenar e sustentar suas operações", declarou o secretário americano de Defesa, Chuck Hagel, na sexta-feira.

No Iraque, três ataques foram conduzidos no sudoeste de Erbil, destruindo quatro veículos e uma área de combate.

O general Martin Dempsey, do grupo de comandantes das operações, afirmou ainda que as ações para derrotar o EI na Síria devem demandar algo entre 12 mil e 15 mil rebeldes moderados, treinados e armados pelos Estados Unidos. Sem interesse em trabalhar com o governo sírio, Washington planejava até então treinar e entregar armas a 5 mil rebeldes.

Sobrevoo de jatos ingleses

Também neste sábado, dois jatos de guerra britânicos sobrevoaram o Iraque em sua primeira missão um dia depois de o Parlamento inglês autorizar a participação do Reino Unido na luta contra os militantes do "Estado Islâmico" em território iraquiano – mas não na Síria. O Ministério da Defesa do Reino Unido declarou, porém, que nenhum ataque aéreo foi realizado.

"Trata-se de terroristas psicopatas que querem matar, e temos que entender que, gostemos disso ou não, eles já declararam guerra contra nós", afirmou o primeiro-ministro britânico, David Cameron, durante debate no Parlamento na sexta-feira.

Parlamentares em Bruxelas também aprovaram decisão semelhante e ofereceram jatos para uso em ataques no Iraque. A autorização ainda precisa ser aprovada em plenário.