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Otimismo apesar da crise

DW/Agências (as)10 de outubro de 2008

Crescimento da economia alemã deverá ser menor neste ano e no ano que vem, mas não se pode falar em recessão, afirma instituto DIW. Empresários dizem não ter dificuldade para obtenção de empréstimos bancários.

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Fábrica da ThyssenKrupp em Duisburg: poucos reflexos da crise financeira na indústriaFoto: picture-alliance / dpa

A economia da Alemanha deverá desacelerar devido à crise financeira, mas a redução no crescimento não será tão dramática como a prevista pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo relatório do Instituto Alemão de Pesquisas Econômicas (DIW) divulgado nesta sexta-feira (10/10).

O DIW prevê para este ano um crescimento de 1,9% para a economia alemã, claramente inferior à previsão de julho passado, que era de 2,7%. Para o ano que vem, o percentual foi reduzido de 1,2% para 1%.

Mesmo assim, o prognóstico do DIW é mais otimista do que o do FMI, para quem a economia alemã ficará estagnada em 2009, segundo projeção divulgada também esta semana. Para o instituto alemão, as conseqüências da crise financeira são controláveis e num primeiro momento atingem apenas o setor bancário. "Não há sinais de recessão na Alemanha", diz o relatório.

"De um modo geral, a economia real se apresenta robusta diante da atual crise no setor financeiro", afirmou o analista Stefan Kooths, do DIW. Para o último trimestre do ano, o instituto prevê crescimento de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB). "O que vemos atualmente na economia são dois mundos diferentes", resumiu o presidente do DIW, Klaus Zimmermann.

Crédito

Também na concessão de crédito há poucas alterações, segundo os empresários alemães. Numa consulta da Confederação Alemã das Câmaras de Indústria e Comércio (DIHK) a 3,5 mil filiados, 73% disseram que a obtenção de dinheiro junto aos bancos não está mais difícil.

"Não existe uma escassez generalizada de crédito. A maioria dos empresários nos disse que nada mudou. Mas há também uns 20% que dizem 'bem, a situação piorou um pouco'. Ou seja, percebe-se uma piora, mas não há uma escassez", disse o presidente da DIHK, Martin Wansleben.

A mesma percepção foi externada por diversos setores da economia alemã. "Não notamos nenhuma escassez de crédito", disse o presidente da Confederação do Comércio Atacadista e Exterior (BGA), Anton Börner. "E não há sinais de que no futuro teremos dificuldade em obter dinheiro." Comércio, construção civil e o setor de máquinas e equipamentos disseram o mesmo.

Já a instituição que representa o setor mais atingido pela crise, a Federação dos Bancos Alemães (BdB), é menos otimista em seus prognósticos e reduziu sua previsão de crescimento da economia alemã de 1% para 0,5% em 2009. "Após três anos, o crescimento encontrou seu fim", disse o presidente do BdB, Manfred Weber.