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EI divulga vídeo com morte brutal de 16 supostos espiões

23 de junho de 2015

Imagens supostamente gravadas no Iraque mostram chacina de "traidores", que são queimados, afogados e decapitados. Apoiados por ataques dos aliados, curdos tomam cidade iraquiana a 50 quilômetros do "califado".

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Foto: picture-alliance/Balkis Press

O grupo jihadista "Estado Islâmico" (EI) divulgou nesta terça-feira (23/06) um vídeo em que mostra a morte brutal de 16 supostos espiões por militantes extremistas. As imagens de violência teriam sido gravadas na província de Ninawa, no norte do Iraque. Algumas vítimas confessam a "traição" ao grupo radical islâmico diante da câmera.

Inicialmente, o vídeo mostra quatro homens trancados num carro. Um jihadista então atira um foguete no veículo, que pega fogo com os reféns dentro. Na cena seguinte, cinco homens são presos numa gaiola de metal, que logo depois é erguida por uma grua para então ser jogada numa piscina cheia de água suja. Duas câmeras filmam o afogamento das vítimas.

A terceira chacina gravada pelos terroristas mostra a morte de sete "traidores" decapitados com explosivos amarrados ao pescoço.

O EI costuma usar como tática de terror a divulgação de imagens do assassinato brutal de reféns na Síria e no Iraque. Em fevereiro passado, um vídeo publicado por militantes da organização mostrou o piloto jordaniano Muath al-Kasasbeh sendo queimado vivo numa gaiola. A libertação dele vinha sendo negociada com o governo da Jordânia em troca de uma terrorista iraquiana presa na Jordânia. O EI, porém, nunca enviou uma prova de que Kasasbeh estaria vivo.

Diversos vídeos divulgados anteriormente registraram a decapitação de reféns estrangeiros por militantes do EI.

Aumenta pressão sobre os jihadistas

Também nesta terça-feira, combatentes curdos apoiados por ataques aéreos comandados por tropas aliadas tomaram a estratégica cidade síria de Ain Issa, a apenas 50 quilômetros de Raqqa – capital do autoproclamado "califado" do "Estado Islâmico". A informação foi confirmada pelo Observatório Sírio dos Diretos Humanos, ONG baseada no Reino Unido. Ain Issa é a maior área residencial ao norte de Raqqa, segundo o observatório.

A captura da cidade coloca ainda mais pressão sobre os jihadistas na região. Na semana passada, combatentes curdos das Unidades de Proteção Popular (YPG) tomaram Tel Abyad, a 35 quilômetros ao norte de Raqqa, interrompendo uma importante rota de abastecimento na fronteira com a Turquia. O Observatório Sírio de Direitos Humanos havia informado na noite desta segunda-feira que combatentes do YPG haviam capturado uma base militar nas proximidades de Ain Issa.

Ainda de acordo com o observatório, pelo menos 14 crianças sírias recrutadas pelo EI foram mortas nas últimas 72 horas em combates, bombardeiros ou missões suicidas no Iraque.

MSB/afp/ap/dpa