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EI afirma ter decapitado refém croata no Egito

12 de agosto de 2015

Grupo jihadista divulga foto que seria do corpo decapitado de Tomislav Salopek, sequestrado no mês passado perto do Cairo. Libertação de mulheres muçulmanas de prisões egípcias era condição para que ele fosse solto.

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Imagem de um vídeo do EI mostra o refém croata Tomislav SalopekFoto: Propagandavideo Islamischer Staat via AP

O grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI) afirmou nesta quarta-feira (12/08) ter decapitado um refém croata que havia sido sequestrado no Egito. Uma foto do suposto corpo da vítima foi divulgada em contas no Twitter ligadas ao grupo jihadista.

A autenticidade da fotografia não pôde ser confirmada imediatamente. Ela foi divulgada com a seguinte legenda: "Execução de prisioneiro da Croácia – que tem participado da guerra contra o Estado Islâmico – após o fim do prazo".

O croata Tomislav Salopek, de 30 anos, foi sequestrado em 22 de julho a oeste de Cairo. Os jihadistas haviam dado um ultimato de 48 horas, que terminou na sexta-feira, ameaçando matá-lo caso "mulheres muçulmanas" não fossem libertadas de prisões egípcias. O EI não especificou os nomes dessas mulheres.

Esse ultimato foi divulgado num vídeo, colocado na internet na quarta-feira passada, no qual uma pessoa que se identifica como sendo Salopek lê a ameaça do "Estado Islâmico".

Se confirmado, este é o primeiro caso de rapto seguido de assassinato de um estrangeiro pelo EI no Egito. O país está lutando contra uma crescente insurgência jihadista no leste da Península do Sinai.

Salopek, pai de dois filhos, trabalhava para a Ardiseis, uma subsidiária da empresa francesa de petróleo e gás CGG, quando foi retirado de um carro a cerca de 22 quilômetros a oeste do Cairo, segundo fontes de segurança egípcias. Ele é o 12º "estrangeiro" a ser morto pelo EI. O primeiro foi o fotojornalista americano James Foley, em agosto de 2014.

O sequestro abalou estrangeiros que trabalham para empresas multinacionais e ressaltou o alcance dos jihadistas, apesar da forte campanha militar contra o "Estado Islâmico".

PV/afp/ap