Explosões na universidade da cidade síria de Aleppo matam dezenas
15 de janeiro de 2013Mais de 80 pessoas morreram e ao menos 160 ficaram feridas nesta terça-feira (15/01) em duas explosões na Universidade de Aleppo, no norte da Síria, onde se realizavam provas. Além de estudantes, entre as vítimas encontram-se refugiados da guerra civil, que estão instalados aos milhares no campus.
As tropas do presidente Bashar al-Assad e os rebeldes se acusaram mutuamente de responsabilidade pelos ataques. O governador da província de Aleppo, Mohammed Wahid Akkad, falou de um "atentado terrorista". Também a televisão estatal síria falou que o ataque à universidade foi conduzido por terroristas.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, organização oposicionista sediada em Londres, testemunhas presenciaram uma explosão na área entre os dormitórios da universidade e a faculdade de Arquitetura.
A causa das explosões ainda é desconhecida, porém autoridades militares partem do princípio que rebeldes tenham lançado dois mísseis terra-ar contra o campus, que se situa numa zona controlada pelas forças fiéis a Assad.
Estudantes relataram que as detonações haveriam destruído as faculdades de Artes Plásticas e de Arquitetura. Imagens de vídeo mostram jovens em pânico e chorando, em meio a destroços. Quando um grupo se aproxima da porta de entrada, alguém grita para permanecerem dentro do edifício.
Moscou quer Haia de fora
Também nesta terça-feira, a Rússia se pronunciou contrária à intenção de acionar o Tribunal Penal Internacional de Haia por possíveis crimes de guerra na Síria. Segundo o Kremlin, tal passo seria contraprodutivo e só pioraria a situação naquele país árabe.
Na véspera, mais de 50 nações haviam apresentado uma petição nesse sentido. Assim como o Irã, a Rússia é aliada do regime Assad. O primeiro-ministro sírio, Wael al-Halaki, se encontra em Teerã para conversações com o governo iraniano.
AV/afp/rtr/dpa
Revisão: Alexandre Schossler