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Catástrofe ambiental

16 de dezembro de 2010

O governo dos EUA processa nove empresas, entre elas a BP, pelo vazamento de petróleo no Golfo do México. O Departamento de Justiça do país diz que acidente foi provocado por negligência e baixa qualidade de materiais.

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Avaria liberou mais de 780 milhões de litros de petróleoFoto: picture-alliance/dpa

Oito meses depois da explosão da Deepwater Horizon no Golfo do México, o governo dos EUA está processando por perdas e danos a gigante britânica do petróleo BP, na condição de operadora da plataforma petrolífera.

Washington acusa a BP e oito outras empresas de terem causado o derramamento de óleo no Golfo do México através da "violação de regras de segurança e de funcionamento". "Queremos provar que essas violações causaram ou contribuíram para esse vazamento maciço de petróleo", afirmou na quarta-feira o secretário norte-americano da Justiça, Eric Holder, se referindo à ação encaminhada a um tribunal federal em Nova Orleans.

Prejuízos de bilhões de dólares

Após a explosão da Deepwater Horizon, em 20 abril de 2010, mais de 780 milhões de litros vazaram no mar durante meses. Somente em meados de julho, o vazamento pôde ser temporariamente fechado. Hoje, ele já se encontra selado. A extensão total dos danos causados pelo maior derramamento de óleo na história dos EUA é, de acordo com a ação, ainda desconhecida. Mas se estima que os prejuízos ultrapassem "significativamente os 75 milhões de dólares", podendo até chegar à casa dos bilhões.

De acordo com o secretário da Justiça dos EUA, Eric Holder, o governo pretende agora garantir que "os contribuintes americanos não sejam obrigados a pagar os custos pela recuperação da região do Golfo". O governo norte-americano acusa a BP e as outras empresas de não terem assegurado e monitorado adequadamente o poço petrolífero e acusa os equipamentos e os materiais utilizados de serem insuficientes.

BP promete responder a acusações

A BP declarou que irá responder às acusações do governo norte-americano "dentro de um prazo razoável". A empresa ressaltou, ainda, que continua apoiando as investigações sobre o acidente e que já pagou pelos trabalhos de limpeza, além de ter reservado 20 bilhões de dólares para o pagamento de eventuais indenizações.

Autor: Dirk Eckert (md)
Revisão: Carlos Albuquerque