Brasil-Alemanha
27 de abril de 2010Ele é o terceiro ministro alemão que visita o Brasil em quatro meses: Rainer Brüderle e uma delegação chegam ao país nesta terça-feira (27/04) para uma viagem de cinco dias que inclui no roteiro Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.
Na bagagem, mais do que boas relações com o Brasil, o ministro deixa suas intenções econômicas bem claras: acompanhado de 40 gestores alemães da área de infraestrutura, o grupo espera lucrar com a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016 no Brasil.
"Nós queremos ajudar a garantir que os eventos no Brasil sejam um sucesso – com uma infraestrutura eficiente, boa organização e a segurança necessária“, disse o ministro antes da viagem.
Programação
Em Brasília, Brüderle se encontra com representantes do Ministério brasileiro de Esportes. A delegação alemã também se reúne com o ministro de Turismo, Luiz Barreto, e com o chefe da pasta de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.
Já em São Paulo, a visita inclui encontros com representantes da indústria e, no Rio, a programação está mais voltada para assuntos diretamente ligados aos eventos esportivos que o Brasil sediará – Brüderle visita, inclusive, a sede do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento.
Oportunidades
Os alemães também querem garantir uma fatia dos 40 milhões de euros que serão investidos no Brasil nos próximos anos – dinheiro aplicado em construção e modernização de aeroportos, estádios, tráfego, segurança e tecnologia ambiental.
Por outro lado, sabe-se que o governo brasileiro não conseguirá cumprir todos os compromissos ligados aos megaeventos esportivos sem ajuda estrangeira. O que se pensa mundo afora, segundo um estudo publicado pela agência governamental Germany Trade & Invest, é que o governo em Brasília sofre grande pressão para dar andamento aos projetos.
A alemã Siemens espreita as oportunidades de negócio na construção das linhas férreas em São Paulo e em Manaus. A empresa de arquitetura Gerkan, Marg und Partner é responsável pelos estudos de design dos estádios em Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Manaus – em Salvador, a alemã Schlitz+Partner também está envolvida em projeto semelhante.
O Brasil é o parceiro comercial mais importante da Alemanha na América Latina e, se a visita de Brüderle der os resultados esperados, cinco bilhões de euros podem ser injetados na economia alemã em decorrência dessas novas parcerias.
Autora: Nádia Pontes
Revisão: Augusto Valente