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Médico cubano é diagnosticado com ebola em Serra Leoa

19 de novembro de 2014

Este é o primeiro caso desde que o governo cubano enviou uma equipe para a África Ocidental em outubro. Médico doente deve ser transferido para Genebra, na Suíça, onde será tratado por equipe especializada.

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Foto: Joern Pollex/Getty Images

A imprensa estatal de Cuba informou nesta quarta-feira (19/11) que um médico cubano em missão na África Ocidental foi infectado pelo vírus do ebola. O especialista em medicida interna Felix Baez faz parte de uma equipe de 165 profissionais enviados a Serra Leoa para auxiliar no combate à doença.

Baez está em tratamento na África, mas deve ser transferido para uma unidade especial em Genebra, na Suíça, por recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A informação é atribuída ao Ministério de Saúde Pública de Cuba.

O médico teve febre no último domingo e foi levado para a capital de Serra Leoa, Freetown. No dia seguinte, ele foi testado positivo para o ebola. As autoridades cubanas não explicaram como ele pode ter contraído o vírus. Até agora, Baez não desenvolveu complicações e, segundo o comunicado, está sendo tratado por uma equipe de médicos britânicos.

Cuba enviou no total 256 profissionais para Serra Leoa, Guiné e Libéria, para ajudar no combate à epidemia – iniciativa elogiada pela comunidade internacional, inclusive pelos Estados Unidos. Médicos e enfermeiros passaram por um treinamento intensivo de três semanas, usando trajes especiais, antes de embarcarem. Eles chegaram à África Ocidental no início de outubro, para uma missão de seis meses.

Sétimo médico morre em Serra Leoa

O primeiro caso de um médico cubano infectado segue-se à notícia da morte do cirurgião serra-leonês Moses Kargbo nesta terça-feira, num centro de tratamento de Freetown. Ele foi o sétimo médico do país a morrer vítima do vírus. Até agora, mais de 120 pessoas que trabalham nos centros de tratamento de Serra Leoa foram diagnosticadas com a doença.

De acordo com o último boletim divulgado pela OMS, o ebola já fez mais de 5 mil vítimas fatais, a maioria em Serra Leoa, Liberia e Guiné.

MMS/ap/rtr/afp