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Três novas terapias contra o ebola serão testadas a partir de dezembro

13 de novembro de 2014

Equipes internacionais testarão drogas na Guiné e na Libéria e esperam resultados a partir de fevereiro de 2015. Diante da ameaça do vírus, milhares de profissionais de saúde entram em greve nos EUA.

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Foto: D.Faget /AFP/Getty Images

Três diferentes tipos de tratamento contra o ebola serão testados a partir de dezembro em centros médicos dirigidos pela organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) na Guiné e na Libéria, anunciou a organização de ajuda humanitária nesta quinta-feira (13/11).

A MSF afirmou que centenas de pacientes serão testados com as drogas brincidofovir, da empresa americana Chimerix, e favipiravir, da japonesa Fujifilm. Além disso, também será avaliado o emprego de plasma sanguíneo de sobreviventes do ebola em pacientes infectados.

Segundo a organização, é possível que os primeiros resultados estejam disponíveis em fevereiro de 2015. Os estudos não vão incluir grupos de placebo e serão realizados somente com o consentimento dos pacientes.

Os pesquisadores afirmaram ainda que novas drogas poderão ser incluídas nos tratamentos, se ficarem prontas para a fase de testes.

Guinea Ebola Ärzte ohne Grenzen Verbrennung Kontaminierter Kleidung
Pessoal da ONG Médicos Sem Fronteiras queima roupas contaminadas na GuinéFoto: Cellou Binania/AFP/Getty Images

Os testes clínicos serão realizados por três equipes: na Libéria, ficarão a cargo da britânica Universidade de Oxford, e na Guiné, do belga Instituto de Medicina Tropical de Antuérpia e do francês Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica.

Mais de 5 mil mortos

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a epidemia de ebola na África Ocidental já infectou mais de 14 mil pessoas, principalmente na Guiné, em Serra Leoa e na Libéria. Mais de 5 mil mortes em decorrência do vírus já foram registradas.

Devido à taxa de mortalidade de cerca de 70%, o número de vítimas fatais pode ser ainda bem maior, declarou a OMS nesta quarta-feira. Somente nas últimas três semanas, mais de 2 mil casos da doença foram registrados nos três país mais atingidos pelo surto, informou a organização.

Greve nos EUA

Também nesta quarta-feira, milhares de enfermeiros e enfermeiras entraram em greve nos Estados Unidos por mais medidas de proteção no tratamento dos pacientes com ebola. O sindicato acredita que cerca de 100 mil membros do pessoal de saúde participaram da paralisação.

USA - Krankenschwestern
Profissionais de saúde protestam em Nova YorkFoto: Reuters

Os grevistas exigem melhores roupas de proteção e máscaras, assim como um melhor treinamento para lidar com os pacientes de ebola.

Até agora, uma pessoa morreu nos EUA vítima da doença. Duas enfermeiras, que foram infectadas pelo vírus do ebola durante o tratamento do paciente, proveniente da Libéria, já estão curadas.

Nesta segunda-feira, as autoridades de saúde de Nova York anunciaram que a primeira pessoa diagnosticada com o ebola na metrópole estava curada, o que significa que não há mais casos conhecidos da doença no país.

Nesta quarta-feira, os EUA anunciaram que vão enviar menos soldados do que o planejado inicialmente para a luta contra o ebola na África Ocidental. Em vez dos 4 mil previstos, 3 mil soldados serão enviados à região de crise até meados de dezembro. Como justificativa, Washington disse que já havia um número suficiente de ajudantes nos países mais atingidos pela epidemia.

CA/dpa/rtr/epd/afp