Navios europeus salvam 4 mil migrantes no Mediterrâneo
30 de maio de 2015No mínimo 4.200 migrantes foram salvos em 17 operações de resgate no Mar Mediterrâneo num prazo de 24 horas, informou neste sábado (30/05) a Guarda Costeira italiana. Trata-se de um dos números mais elevados dos últimos anos.
A Guarda, que está coordenando os salvamentos na área, registrou pedidos de socorro de 22 embarcações diferentes. Grande parte dos chamados partia da Líbia, local de origem da maioria dos barcos, outros partiam do litoral sul da Itália.
Navios alemães e irlandeses também auxiliaram nos resgates, assim como embarcações da Marinha italiana e da polícia financeira. A Marinha também registrou o resgate de 17 corpos, em três barcos infláveis que levavam um total aproximado de 300 migrantes.
UE reage – pouco a pouco
É extremamente elevado o número de barcos que deixam a África, levando milhões que tentam escapar à miséria, à guerra civil e outras ameaças. O afluxo de refugiados atingiu um novo pico nas últimas semanas, por um lado pela melhora das condições meteorológicas, por outro devido à piora da situação de segurança na Líbia. Outros países de partida frequentes são a Síria e a Eritreia.
A Organização Internacional de Migração (OIM) estima que 1.770 migrantes já perderam a vida este ano, na tentativa de atravessar o Mediterrâneo – 30 vezes mais do que no mesmo período de 2014. Outros 40.400 conseguiram alcançar solo italiano. Esse número, embora elevado, equivale ao registrado no ano passado.
No momento a Itália é o país europeu que arca com a maior carga de migrantes, ao lado de Malta e da Grécia. No entanto a Comissão Europeia está desenvolvendo mecanismos para distribuir os imigrantes de forma mais equitativa entre os 28 países membros da União Europeia. Alguns países, em especial o Reino Unido, já manifestam resistência.
Em maio, os ministros europeus da Defesa e do Exterior também aprovaram planos para uma missão militar de combate aos traficantes de pessoas. A medida, inédita e considerada drástica por muitos, veio em reação ao naufrágio no Mediterrâneo que matou centenas na tentativa de fugir da Líbia para a Itália, em meados de abril.
AV/afp/rtr/dpa