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Nova vala é encontrada em Guerrero

28 de outubro de 2014

Quatro detidos ligados ao grupo criminoso Guerreros Unidos levam autoridades mexicanas a encontrar uma área com restos mortais, em Cocula, cidade próxima a Iguala, local onde 43 estudantes desapareceram há um mês.

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Vala comum encontrada em 13 de outubro em Cerro Gordo, na região de IgualaFoto: Y. Cortez/AFP/Getty Images

Na busca pelos 43 estudantes desaparecidos desde 26 de setembro no México, as autoridades do país encontraram restos humanos em uma nova área, no estado de Guerrero, e estão fazendo testes para verificar se eles pertencem aos jovens, disse um funcionário do governo nesta segunda-feira (27/10).

A nova vala foi encontrada seguindo pistas dadas por quatro pessoas presas na segunda-feira, conforme declarou o funcionário em condição de anonimato. Os restos estariam próximos de um aterro municipal em Cocula, cidade a cerca de 17 quilômetros de Iguala, onde os estudantes foram vistos pela última vez.

O procurador-geral Jesus Murillo Karam confirmou as quatro prisões, mas não fez menção de mais restos ou valas. Os quatro detidos, resultando em 56 presos, são membros da organização criminosa Guerreros Unidos, cartel envolvido no desaparecimento dos estudantes.

Murillo Karam afirmou que dois dos detidos relataram que receberam um grande grupo de pessoas por volta do dia 26 de setembro, data em que se deu o sumiço dos jovens. Os outros dois são informantes do cartel, que corroboraram as declarações.

Até agora haviam sido localizados 38 corpos em um monte próximo de Iguala, mas os primeiros testes de DNA para identificar se eram dos estudantes deram negativo. Autoridades aguardam os resultados de um segundo teste.

O presidente do México, Enrique Peña Nieto, reuniu-se com o governador interino do estado de Guerrero, Rogelio Ortega, que assumiu o cargo no domingo após o governador anterior, Ángel Aguirre, ter colocado o cargo à disposição, pressionado pela crise dos estudantes. Peña Nieto se comprometeu a manter as famílias informadas sobre as investigações.

Os estudantes da escola rural para professores de Ayotzinapa, no estado de Guerrero, teriam sequestrado três ônibus para protestar e foram atacados a balas por policiais. Houve seis mortos, 25 feridos e vários detidos, cujo paradeiro é desconhecido.

O prefeito de Iguala, José Luis Abarca, e a mulher, María de los Ángeles Pineda Villa, estão foragidos e são procurados por serem supostamente os principais autores intelectuais do crime.

NM/ap/dpa