Economia Sustentável
6 de fevereiro de 2009A proposta de uma "carta para uma economia sustentável" foi apresentada num encontro a convite de Merkel realizado nesta quinta-feira (05/02), em Berlim, com representantes da Organização Mundial do Comércio (OMC), do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O encontro serviu de preparação à cúpula do G20 em Londres em abril próximo, que pretende buscar instrumentos para melhorar a transparência dos mercados financeiros. O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, o diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, e o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, asseguraram apoio à idéia de Merkel, que sugere criar um novo órgão de controle da economia mundial baseado numa maior interação entre as instituições financeiras mundiais. Tal instituição de controle teria de ser subordinada às Nações Unidas e não ser bancada apenas pelos países do G20, declarou Merkel.
Importância dos emergentes
Merkel vem defendendo há mais tempo uma nova ordem econômica mundial. O modelo alemão de economia social de mercado é visto por ela como o exemplo ideal. Agora, ela conseguiu convencer os líderes das cinco principais instituições financeiras do mundo.
O diretor-geral da OIT, Juan Somavia, ressaltou que apóia a proposta de Merkel porque a carta seria mais do que um instrumento de combate à atual crise. O diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, diz que falta ainda preencher o vácuo institucional. e que é necessário encontrar novos meios de controle da economia mundial. "Começamos com isso hoje", afirmou.
A garantia de crescimento só pode ser o desenvolvimento eficiente da economia social de mercado, afirmou Merkel, e este é o objetivo da "carta para uma economia sustentável". O importante, acrescentou, é que na atual crise financeira internacional não se perca de vista os países em desenvolvimento.
"Eles não têm somente o direito a um desenvolvimento justo, mas é de nosso interesse que haja um desenvolvimento positivo, pois o crescimento econômico mundial não poderá ser gerado de forma permanente sem os países em desenvolvimento", afirmou a chanceler federal.