Eleições na Espanha
20 de novembro de 2011O conservador Partido Popular (PP) venceu as eleições deste domingo (20/11) na Espanha com maioria absoluta no Parlamento, de acordo com uma pesquisa de boca-de-urna feita pela emissora pública RTVE. A pesquisa preliminar mostrou que o PP deve ficar com 181 a 185 dos 350 assentos do Parlamento espanhol, o que corresponde a 43,5% dos votos. Na legislatura passada, o PP detinha 154 assentos.
Os socialistas conseguiram 30% dos votos e de 115 a 119 assentos, de acordo com a pesquisa da RTVE. O resultado representa uma queda expressiva na presença do partido do presidente José Luis Rodríguez Zapatero no Parlamento. Na legislatura anterior, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) detinha 169 assentos.
A participação dos eleitores, segundo informações do Ministério do Interior, chegou a 57%, com um total de 34,2 milhões de votantes. O número corresponde a uma queda de aproximadamente três pontos percentuais em relação às eleições de 2008.
As votação ocorreu sem incidentes. As eleições para renovação da Câmara dos Deputados, com 350 assentos, e do Senado, com 208 lugares, foram adiantadas em quatro meses por Zapatero em consequência da severa crise econômica e financeira que assola o país. Assim como Grécia e Portugal, a Espanha também sofre com o endividamento público e com uma taxa de desemprego de 21,5%.
Adversários políticos
Depois de votar, Zapatero disse que "hoje, mais do que nunca, o futuro está na mão dos cidadãos. O voto é o melhor caminho para enfrentar os problemas de nosso país". O chefe de governo acrescentou ainda que a democracia "é a maior conquista que nós alcançamos como sociedade na Espanha".
Zapatero, que não concorreu à reeleição para mais um mandato de quatro anos, foi recebido entre aplausos, vaias e insultos por uma multidão de pessoas, de diferentes orientações políticas, que se reuniu em frente ao local onde ele iria votar em Madri.
O principal adversário político de Zapatero nos últimos sete anos, o líder conservador Mariano Rajoy, é o grande favorito, segundo todas as sondagens, para vencer as eleições. Ele reconheceu que, caso se torne chefe de governo, não terá descanso para tirar a Espanha da grave crise que atravessa e que motivou o adiantamento das eleições, originalmente programadas para março de 2012.
FF/dw/ap/afp
Revisão: Alexandre Schossler