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Presos nove suspeitos de atentados em Beirute

15 de novembro de 2015

Sete sírios e dois libaneses teriam auxiliado atos suicidas com 44 vítimas, reivindicados pelo EI. Ministro do Interior fala de represália por apoio do Hisbolá a Assad e alerta tratar-se apenas do início de uma série.

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Bombeiros combatem chamas de ataques de 12 de novembro na capital libanesaFoto: picture alliance/ZUMAPRESS/N.Lebanon

No Líbano, foram presos neste domingo (15/11) nove suspeitos de conexão com os atentados suicidas que mataram 44 pessoas na última quinta-feira.

As bombas explodiram em frente a um centro comercial no subúrbio de Burj al-Barajneh, reduto do grupo xiita Hisbolá. Entretanto, segundo o ministro libanês do Interior, Nuhad Mashnuq, o plano original dos terroristas era atacar um hospital, e eles só desistiram devido à segurança reforçada do local.

"Entre os detidos estão sete sírios e dois libaneses, um deles sendo um pretenso homem-bomba e o outro, o traficante que os trouxe através da fronteira com a Síria."

Os sírios foram capturados num campo para refugiados palestinos em Burj al-Barajneh, assim como num apartamento onde os cintos com as bombas haviam sido preparados. Um dos libaneses foi preso no Porto de Trípoli, no norte do país, depois que falhou a detonação dos explosivos que portavam.

"Toda a rede de atentados a bomba e seus apoiadores foram presos nas 48 horas seguintes às explosões", anunciou o ministro, parabenizando as forças de segurança por seu "extraordinário sucesso".

Só o começo de uma série

O ato foi reivindicado pelo movimento jihadista "Estado Islâmico" (EI). Os ataques a um bairro dominado pelo Hisbolá teriam sido uma represália pelo apoio da organização ao regime de Bashar al-Assad na Síria.

O ministro também advertiu que esse seria só o início de uma série de ofensivas de grande escala do EI na capital libanesa, argumentando: "Quando eles enviam cinco homens-bomba para um só lugar, quer dizer que não será a última vez."

Os atentados em Beirute foram perpetrados um dia antes dos ataques coordenados na capital francesa, Paris. Tendo deixado pelo menos 129 mortos e 352 feridos, eles foram igualmente reivindicados pelo EI.

AV/afp/ap