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Putin diz que Ocidente deveria pressionar Kiev

19 de junho de 2015

Em discurso, presidente russo culpa Ocidente por crise no leste ucraniano e pede pressão sobre Kiev. Segundo ele, Rússia está "aberta ao mundo" e disposta e aplicar sua influência para garantir a paz na região.

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Putin Wirtschaftsforum in Sankt Petersburg
Foto: picture-alliance/dpa/M.Klimentyev

Em discurso nesta sexta-feira (19/06), o presidente russo, Vladimir Putin, culpou o Ocidente, especialmente os Estados Unidos, pela crise na Ucrânia e disse que, para solucioná-la, os países ocidentais deveriam pressionar Kiev.

O líder russo também disse que Moscou está disposta a aplicar sua influência no leste ucraniano pró-Rússia para que se chegue a um acordo e assegurar que o acordo de paz assinado em Minsk em fevereiro seja implementado por completo.

"Uma vez que houver decisões políticas, não haverá armas lá [no leste da Ucrânia]", disse, durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo.

Apesar das tensões devido à crise na Ucrânia, Putin disse que Moscou está aberta a cooperar com o Ocidente. "A Rússia está aberta para o mundo", afirmou.

Putin ignorou as recentes tensões com o Ocidente, exaltando os sucessos de seu governo. "Gostaria de focar a atenção em questões econômicas", disse o líder russo, ressaltando que uma crise profunda, que muitos haviam previsto, não aconteceu. "Estabilizamos a situação. Temos um orçamento estável. Nossos sistemas financeiro e bancário adaptaram-se a novas condições."

O clima entre Moscou e o Ocidente é tenso há meses por conta dos confrontos entre tropas do governo e separatistas pró-Rússia no leste ucraniano. O Ocidente acusa a Rússia de apoiar os separatistas com armas e pessoal, o que os russos negam.

Ao discursar em São Petersburgo, o presidente russo também disse ter esperança de que as potências mundiais e o Teerã chegarão a um acordo definitivo sobre o programa nuclear iraniano em breve.

Além disso, Putin reiterou seu apoio ao líder da Síria, Bashar al-Assad, afirmando que derrubar o presidente faria o país, abalado por uma guerra civil, mergulhar em desordem ainda maior.

LPF/rtr/afp/dpa