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Reconstrução na Ásia demora

Klaudia Prevezanos / gh21 de fevereiro de 2005

Governo alemão prometeu 500 milhões de euros para as regiões atingidas pelo maremoto no Sul da Ásia. Reconstrução da infra-estrutura destruída pode demorar mais do que o previsto.

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Pescador da Indonésia que perdeu seu barco na catástrofeFoto: AP

Com recursos do Ministério das Relações Exteriores, a Alemanha continua prestando ajuda financeira aos países asiáticos no litoral do Pacífico, que foram sacudidos pelo maremoto em 26 de dezembro de 2004. A reconstrução, no entanto, deve demorar mais do que o esperado. "Não é possível parcelar hoje os 500 milhões de euros previstos para os próximos cinco anos", diz Stephan Bethe, do Ministério da Cooperação Econômica (BMZ).

Primeiro, os países atingidos e doadores precisam definir as prioridades e distribuir as tarefas, para reconstruir a infra-estrutura: escolas, hospitais, estradas, redes de água e luz. Além disso, pretende-se garantir novamente o auto-sustento da população atingida.

Ajuda ao desenvolvimento e recursos extras

O orçamento do BMZ para 2005 é de 3,8 bilhões de euros – igual ao de 2004 – sem contar o meio bilhão de euros de ajuda aos países atingidos pelo tsunami. Deste montante, a Alemanha vai repassar 50 milhões de euros ao programa emergencial das Nações Unidas para a Ásia. Os outros 450 milhões destinam-se à Indonésia e Sri Lanka, onde a destruição foi maior. Segundo Bethe, ainda não há um cronograma para a liberação dos recursos.

Dinheiro para a GTZ e o KfW

Os recursos da doação feita pelo governo serão administrados pela Agência Alemã de Cooperação Técnica (GTZ) e o ­ Instituto de Créditos para Reconstrução (KfW – Kreditanstalt für den Wiederaufbau), banco de fomento da União e dos Estados alemães que, à semelhança da GTZ, presta ajuda ao desenvolvimento em alguns países.

Os funcionários das duas instituições fazem o planejamento, controle e a supervisão dos projetos que, em regra, são executados por organizações locais e regionais, como prefeituras, ONGs ou empresas. Artesãos locais, por exemplo, podem ser encarregados de reconstruir uma escola ou consertar barcos de pesca, explica Hans Stehling, da GTZ.

Bundesentwicklungsministerin Heidemarie Wieczorek-Zeul zu Darfur
Ministra alemã da Cooperação Econômica, Heidemarie Wieczorek-Zeul, região atingida pelo tsunamiFoto: AP

No Sri Lanka, estão começando os trabalhos de reconstrução, facilitados pelo fato de que a GTZ já desenvolvia projetos no país antes da catástrofe. Neste domingo (20/02), a ministra alemã da Cooperação Econômica, Heidemarie Wieczorek-Zeul, deve visitar a região. Alguns projetos de reconstrução apresentados pelo governo do Sri Lanka estão sendo analisados pelos países doadores. A GTZ espera uma decisão rápida sobre as propostas de ajuda que entregou ao BMZ.

Progresso demora

O governo da Indonésia quer apresentar em 26 de março, três meses após o maremoto, um plano básico para reconstruir as regiões atingidas no país. Até lá, as vítimas continuarão recebendo apoio de emergência da Alemanha e de outros doadores. "Não há como distinguir claramente entre ajuda de emergência e recursos para a reconstrução. A ajuda, em catástrofes dessa dimensão, é um processo contínuo", diz Stehling. Até agora eram raras as organizações de auxílio humanitário atuantes na Indonésia. Também essa falta de contatos dificulta a ajuda.