Segundo francês jihadista é identificado em vídeo do "Estado Islâmico"
19 de novembro de 2014O serviço secreto francês identificou nesta quarta-feira (19/11) um segundo cidadão francês no vídeo de execução do americano Peter Kassig, raptado na Síria em 2013. Nas imagens, divulgadas pelo "Estado Islâmico" (EI) no último domingo, vários jihadistas aparecem sem máscaras.
Segundo procuradores franceses, há "indícios precisos e consistentes" de que um segundo francês esteja entre os radicais mostrados no vídeo. O jovem foi identificado como Mickael dos Santos, de 22 anos. O jovem de origem portuguesa vivia no subúrbio ao leste de Paris e estaria na Síria desde agosto de 2013.
"O homem em questão é conhecido por seu envolvimento com terroristas na Síria e seu comportamento violento mostrado em redes sociais", declarou o primeiro-ministro da França, Manuel Valls, sem confirmar a identidade de Santos.
Santos passou a ser conhecido da inteligência francesa em outubro, após ele ter publicado um vídeo no qual convida "todos os irmãos que vivem na França a matarem qualquer civil" em retaliação aos ataques aéreos da França contra o EI no Iraque, realizados desde setembro.
O primeiro francês que apareceu no vídeo foi identificado pelo serviço secreto francês nesta segunda-feira, logo após a divulgação das imagens. Maxime Hauchard, de 22 anos, é um dos vários jovens de classe média franceses, católicos ou ateus, que se converteram ao grupo radical EI e foram lutar na Síria.
As autoridades francesas investigam mais de 1.100 franceses que podem ter relações com organizações terroristas jihadistas e atualmente combatem na Síria e no Iraque.
Os extremistas do EI já tinham ameaçado matar Kassig em outro vídeo divulgado no dia 3 de outubro, no qual mostram a decapitação do britânico Alan Henning, em retaliação aos ataques aéreos coordenados pelos EUA em áreas ocupadas pelo EI na Síria e no Iraque.
Kassig, de 26 anos, serviu como soldado no Iraque antes de se converter ao islã e fundar a organização humanitária "Resposta e Assistência Especial de Emergência", em 2012, na Turquia. O grupo distribui alimentos e medicamentos a refugiados e oferece treinamento de primeiros socorros a civis na Síria.
CN/rtr/afp/lusa