Teori morreu de politraumatismo, diz IML

O laudo do exame de necropsia feito no corpo do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki constatou que ele morreu de politraumatismo, ou seja, de vários traumas ocasionados pela queda da aeronave. Não houve afogamento, afirmou o Instituto Médico Legal (IML) de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

O avião em que estavam Teori e mais quatro pessoas caiu no litoral de Paraty na tarde desta quinta-feira, durante uma tentativa de pouso no aeroporto da cidade. Além dele, estavam na aeronave o empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono do grupo hoteleiro Emiliano, o piloto Osmar Rodrigues, a massoterapeuta de Carlos Alberto, Maíra Panas, além da mãe dela, Maria Panas.

O velório do ministro foi iniciado neste sábado, por volta das 9h, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre. Além de amigos e familiares, estão presentes a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, e o juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato. O presidente Michel Temer deve chegar a Porto Alegre por volta das 13h. O sepultamento de Teori está previsto para às 18h, na capital do Rio Grande do Sul.

Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, afirmou durante o velório que a morte de Teori foi uma grande perda para a magistratura. "Há uma grande desolação da magistratura, de todos que o conheciam, especialmente aqui da 4ª Região, onde ele construiu sua carreira", disse o juiz ao deixar a cerimônia.

Moro também comentou o papel que Zavascki cumpriu como relator no Supremo Tribunal Federal dos processos relacionados à Operação Lava Jato. "Acredito que pela qualidade, relevância e importância desses serviços que ele prestava e pela situação difícil desses processos, ele foi um grande herói", ressaltou.

AS/abr