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UE eleva previsão de crescimento para zona do euro

5 de maio de 2015

Comissão Europeia prevê que economia cresça 1,5% em 2015, 0,2 ponto percentual a mais do que a estimativa anterior. Grécia vai na direção contrária à tendência de recuperação e deve crescer apenas 0,5%.

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Foto: Reuters/R. Orlowski

A economia da zona do euro vai crescer mais do que o esperado em 2015, afirmou a Comissão Europeia nesta terça-feira (05/05). O órgão executivo da União Europeia (UE) prevê um crescimento de 1,5% para os 19 países da zona do euro neste ano, 0,2 ponto percentual a mais que a estimativa anterior, de fevereiro.

A previsão de expansão econômica para 2016 permaneceu a mesma, de 1,9%. O bloco saiu da recessão no segundo trimestre de 2013, mas ainda enfrentava crescimento lento, desemprego elevado, baixa inflação e, mais recentemente, novas preocupações financeiras com a Grécia.

A Comissão Europeia afirma, entretanto, que a zona do euro vem se beneficiando de uma série de fatores, incluindo o petróleo mais barato, uma perspectiva global estável, o euro em baixa e um novo plano de estímulo monetário do Banco Central Europeu (BCE). Além disso, a inflação da zona do euro deve ficar em 0,1% em 2015, evitando uma deflação e confirmando que o estímulo do BCE está tendo efeito, prevê a Comissão.

"A economia europeia está vivendo sua primavera mais radiante em vários anos. Porém, é preciso fazer mais para assegurar que essa recuperação seja mais do que um fenômeno sazonal", disse Pierre Moscovici, comissário de economia da UE.

Cerca de metade dos países da zona do euro ainda tem deficits que excedem o nível de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) exigido pela UE, incluindo Espanha e França, e três quartos deles têm dívidas acima de 60% do PIB, entre eles a Itália e a Grécia.

Contrária à tendência de recuperação, a Grécia tenta chegar a um acordo com credores europeus sobre um pacote de reformas econômicas e, assim, ter acesso a mais fundos de resgate. O crescimento do PIB grego deve ficar em 0,5% neste ano, 2 pontos percentuais abaixo do previsto pela comissão há três meses.

Líderes europeus acusaram o governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras de aniquilar o progresso econômico que a Grécia tinha conseguido anteriormente. Tsipras chegou ao poder em janeiro deste ano, com a promessa de encerrar a austeridade econômica associada ao pacote de resgate internacional.

LPF/ap/dpa