UE endurece sanções contra Coreia do Norte
16 de outubro de 2017A União Europeia (UE) anunciou nesta segunda-feira (16/10) um novo pacote de sanções contra a Coreia do Norte, elevando a pressão contra o país asiático por conta de seu programa nuclear.
A nova medida, aprovada pelos ministros europeus do Exterior, reunidos em Luxemburgo, vai além das sanções adotadas pelo Conselho de Segurança da ONU. Ela inclui a proibição de qualquer investimento da UE na Coreia do Norte e da venda de petróleo e produtos petrolíferos ao país.
Também foi limitada a transferência de dinheiro realizada por cidadãos norte-coreanos que vivem em países da União Europeia para indivíduos na Coreia do Norte. O valor máximo a ser transferido, que até então era 15 mil euros, passa a ser 5 mil euros.
Os ministros ainda decidiram que não serão renovadas as autorizações de trabalho de cidadãos norte-coreanos em território da UE depois que elas expirarem, a menos que esses trabalhadores sejam refugiados ou estejam sob proteção internacional. Estima-se que cerca de 400 pessoas vindas do país trabalhem em Estados-membros do bloco europeu, sendo a maioria na Polônia.
Por fim, foram adicionadas à lista de sanções três pessoas e seis entidades norte-coreanas, o que significa que todos os bens que eles tenham na UE serão congelados. Elas atingem, por exemplo, o Exército do país e o Ministério das Forças Armadas de Pyongyang.
Com a ampliação da lista de sancionados, um total de 41 pessoas e dez entidades norte-coreanas são agora alvo das sanções europeias. Além disso, outras 63 pessoas e 53 entidades foram sancionadas pela ONU.
A União Europeia declarou que as novas medidas foram tomadas em razão da "ameaça persistente contra a paz e a estabilidade internacional" que o regime de Kim Jong-un representa.
A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, admitiu, no entanto, que o "impacto das sanções europeias será limitado" na Coreia do Norte, uma vez que Bruxelas não mantém um forte laço econômico com Pyongyang.
As novas sanções ocorrem na esteira da escalada de tensões envolvendo o regime norte-coreano em razão do programa de armas nucleares conduzido pelo país, que incluiu nos últimos meses o teste de uma bomba de hidrogênio e lançamentos de mísseis intercontinentais.
EK/dpa/ap/afp/lusa/rtr