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UE entra no jogo do processo de paz

(pc)15 de julho de 2003

A visita ao Congo de Javier Solana, o encarregado de Política Externa da União Européia, ressalta o interesse da UE em participar ativamente do processo de pacificação do país africano.

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Soldado das Nações Unidas em Bunia, CongoFoto: AP

Após um primeiro encontro com o presidente congolês Joseph Kabila, Solana fez um apelo a Uganda, Ruanda e Burundi, os três países vizinhos ao Congo implicados na guerra civil congolesa, a "participarem do jogo" do processo de paz, a fim de que as relações sejam positivas e construtivas.

Um governo de transição, com a participação de Kabila e dos grupos rebeldes apoiados por Uganda, Ruanda e Burundi, deverá preparar novas eleições no Congo e pôr fim à guerra civil, que dura desde 1998.

Deputados alemães otimistas

A impressão de que o engajamento da UE possa contribuir para a paz congolesa foi reforçada pelas declarações dos deputados alemães Friedbert Pflüger (CDU) e Christian Ruck (CSU), que regressaram de uma viagem ao Congo. Os parlamentares ressaltaram que a Alemanha tem interesse direto em ajudar a região.

A República Democrática do Congo é um país rico em recursos naturais, que estão sendo exploradas de forma "caótica e selvagem" pelos países vizinhos. Por isso, segundo Ruck, é preciso que os países europeus envolvidos no processo congolês exerçam uma pressão "amigável" sobre Ruanda e Uganda.

Os deputados alemães acham que a missão da ONU para o Congo (MONUC), a partir do mês de setembro, deva ter mais atribuições, como desarmar os grupos rebeldes.

Alemanha amplia missões militares

As Forças Armadas alemãs concluíram o envio de soldados e material ao Congo. A participação da Alemanha no âmbito da operação Artemis está limitada ao máximo de 350 soldados e dura até 1º de setembro de 2003. Os soldados alemães não estão atuando diretamente na região de combates de Bunia.

A ministra alemã da Cooperação Econômica, Heidemarie Wieczorek-Zeul (SPD), defendeu a participação da Alemanha na missão da UE. Ela chamou a atenção para o fato de que, em 1994, o mundo assistiu impassível ao genocídio em Ruanda, e que isso não deve se repetir.

Com esta missão no Congo, as Forças Armadas alemãs ampliam sua participação em conflitos internacionais. Os soldados alemães estão envolvidos nas missões da ONU no Kosovo, na Macedônia e no Afeganistão.