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Uma universidade alemã no Egito

pc5 de outubro de 2003

Uma universidade alemã, com tecnologia de ponta, e situada em pleno deserto, nas imediações do Cairo, acolherá 5.000 estudantes.

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Schröder e Mubarak inauguram nova academia interculturalFoto: AP

A Universidade Alemã do Cairo, inaugurada no dia 5 de outubro, é um projeto financiado pela iniciativa privada. Seu modelo é a Universidade Americana que já funciona há alguns anos na capital egípcia. As aulas serão ministradas em inglês e os estudantes terão a opção de obter diplomas alemães ou internacionais.

As principais carreiras são oferecidas em áreas técnicas: tecnologia da informação, farmácia, biotecnologia, tecnologia de mídia, tecnologia de gerenciamento e engenharia de materiais.

A Universidade Alemã do Cairo tem convênios com as Universidade de Stuttgart e Ulm, que participaram da elaboração do projeto e, além de professores, estão fornecendo também assessoria pedagógica.

Ensino de elite

Com anuidades que chegam até 5.000 euros, a nova universidade egípcia está voltada para a elite. Entretanto, sai mais barato estudar nela do que no exterior. E este é exatamente seu público alvo.

Nos últimos quarenta anos, mais de 10.000 egípcios concluíram estudos universitários na Alemanha; a maior parte deles ocupa cargos políticos, tornaram-se empresários ou professores.

Universität in Kairo, ägyptische Studierende
Estudantes egípcios em salas superlotadasFoto: DAAD

Mais de 3.500 estudantes já se inscreveram para o primeiro semestre, mas apenas um quinto dos candidatos serão admitidos. A Universidade Alemã conta com amplo apoio de políticos e empresários egípcios. O Egito é um país com mais de 50% de analfabetos e as universidades públicas estão superlotadas.

Mão-de-obra para a Alemanha

O conceito pedagógico da Universidade Alemã do Cairo baseia-se na integração da teoria com a prática. O currículo prevê a realização de estágios em empresas egípcias e, principalmente, em firmas alemãs.

Os alemães esperam também obter vantagens incentivando a formação no Egito, conforme explica o Prof. Peter Fritsch, reitor da Universidade de Stuttgart:

"No momento há falta de engenheiros [na Alemanha], pois a indústria recruta os nossos melhores funcionários, impedindo que possamos realizar nossos projetos de pesquisas com os melhores especialistas. Por isso esperamos que a Universidade Alemã do Cairo venha a se tornar uma fonte de recrutamento, formando engenheiros qualificados para trabalhar também aqui conosco, em Suttgart, em projetos científicos".