A coligação angolana FUMA está otimista na conquista da presidência da República
10 de agosto de 2012FUMA é uma coligação de partidos que pretende chegar ao parlamento angolano nas próximas eleições marcadas para o dia 31 de agosto e, se possível, à cadeira da presidência em Angola.
A liderança da Frente Unida para a Mudança de Angola (FUMA), coligação composta por seis partidos, é de António João Muachicungo, de 52 anos. Ele é formado em Direito e é natural do interior do país, da zona diamantífera das Lundas.
A DW África foi ao encontro de Muachicungo, numa agitada rua de Luanda, e conversou com o homem que também já foi vice-presidente do PRS, o Partido de Renovação Social.
Movidos pela fé
O professor quer ser o próximo chefe de Estado angolano. Muachicungo foi deputado pelo PRS por 16 anos. Desistiu do partido devido a diferendos internos. Na coligação FUMA, que ele diz ser ideologicamente nem de direita e nem de esquerda, mas do centro, tem-se o objetivo de corrigir as distorções existentes em Angola: "A Angola de hoje é uma Angola que vem decepcionando a população, que vem retirando dos angolanos as poucas esperanças que ainda existiam". O lider garante que o FUMA surgiu para mudar esta situação.
Muachicungo foi grande animador político no início desta década, com intervenções públicas importantes. Mais tarde caiu, ficou à sombra, devido a problemas de coabitação com o seu anterior partido, de onde acabaria por ser expulso em congresso, há quatro anos.
O líder da coligação FUMA acredita que pode vencer as eleições de 31 de agosto: "Coloco tudo nas mãos de Deus. Eu trabalho com um grupo muito grande de cristãos, uma vez que já sou cristão há mais de 40 anos. É Deus quem me protege e me dá forças para continuar. Ele nunca me abandonou."
Quanto a campanha eleitoral, há alguns cartazes em Luanda, mas no interior do país há poucos relatos de propaganda deste partido. Faltam contatos com eleitores e espaços de antena na rádio e na televisão.
A FUMA é uma das mais novas coligações angolanas e se afirma alternância ao poder. Mas até agora, o seu programa de governação não foi lançado.
Autor: Manuel Vieira (Luanda, Angola)
Edição: Bettina Riffel / António Rocha