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A coligação angolana FUMA está otimista na conquista da presidência da República

10 de agosto de 2012

A Frente Unida para a Mudança de Angola é uma das novas coligações partidárias de Angola. Ativa principalmente no meio cristão, como explica o líder, o grupo acredita ter calibre para chegar pelo menos ao Parlamento.

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TO GO WITH AFP STORY BY LOUISE REDVERS - Angolan youths sit on benches in one of the newly rebuilt main squares on March 24, 2009 in Huambo, Angola.Seven years since the death of Angolan rebel leader Jonas Savimbi and the end of three decades of conflict, the city in Angola's lush central highlands is getting a new start. Improved transport links are pushing the change. A new road has cut the driving time from the capital Luanda down to five hours, from 12. The railway that once ran through Huambo to the port of Lobito is also being renovated, with a plan for it to stretch across the border into Zambia. AFP PHOTO/GIANLUIGI GUERCIA (Photo credit should read GIANLUIGI GUERCIA/AFP/Getty Images)
Angola LuandaFoto: Gianluigi Guercia/AFPGetty Images

FUMA é uma coligação de partidos que pretende chegar ao parlamento angolano nas próximas eleições marcadas para o dia 31 de agosto e, se possível, à cadeira da presidência em Angola.

A liderança da Frente Unida para a Mudança de Angola (FUMA), coligação composta por seis partidos, é de António João Muachicungo, de 52 anos. Ele é formado em Direito e é natural do interior do país, da zona diamantífera das Lundas.

A DW África foi ao encontro de Muachicungo, numa agitada rua de Luanda, e conversou com o homem que também já foi vice-presidente do PRS, o Partido de Renovação Social.

Movidos pela fé

O professor quer ser o próximo chefe de Estado angolano. Muachicungo foi deputado pelo PRS por 16 anos. Desistiu do partido devido a diferendos internos. Na coligação FUMA, que ele diz ser ideologicamente nem de direita e nem de esquerda, mas do centro, tem-se o objetivo de corrigir as distorções existentes em Angola: "A Angola de hoje é uma Angola que vem decepcionando a população, que vem retirando dos angolanos as poucas esperanças que ainda existiam". O lider garante que o FUMA surgiu para mudar esta situação.

Muachicungo foi grande animador político no início desta década, com intervenções públicas importantes. Mais tarde caiu, ficou à sombra, devido a problemas de coabitação com o seu anterior partido, de onde acabaria por ser expulso em congresso, há quatro anos.

O líder da coligação FUMA acredita que pode vencer as eleições de 31 de agosto: "Coloco tudo nas mãos de Deus. Eu trabalho com um grupo muito grande de cristãos, uma vez que já sou cristão há mais de 40 anos. É Deus quem me protege e me dá forças para continuar. Ele nunca me abandonou."

Quanto a campanha eleitoral, há alguns cartazes em Luanda, mas no interior do país há poucos relatos de propaganda deste partido. Faltam contatos com eleitores e espaços de antena na rádio e na televisão.

A FUMA é uma das mais novas coligações angolanas e se afirma alternância ao poder. Mas até agora, o seu programa de governação não foi lançado.

Autor: Manuel Vieira (Luanda, Angola)
Edição: Bettina Riffel / António Rocha

10.08.12 Angola - Coligação FUMA - MP3-Mono