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ConflitosRepública Democrática do Congo

Macron condena conflito no leste da RDC e promete sanções

tms | AFP | Reuters | Lusa
4 de março de 2023

Em Kinshasa, Emmanuel Macron condenou o conflito no leste congolês e prometeu sanções contra quem prejudicar o processo de paz na região.

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Foto: Ludovic Marin/AFP

O Presidente da República da França prometeu, neste sábado (04.03), 34 milhões de euros ao leste da República Democrática do Congo (RDC), região assolada pelo conflito entre as forças do Governo e rebeldes. Emmanuel Macron anunciou a ajuda em Kinshasa, durante um encontro com o homólogo congolês, Félix Tschisekedi.

O líder francês, que na sexta-feira esteve em Luanda, condenou o conflito que abala o leste da RDC e avisou que qualquer parte responsável por prejudicar o processo de paz que está a ser mediado pela comunidade internacional poderá ser alvo de sanções.

"A RDC não deve ser um despojo de guerra. A desordem a céu aberto da RDC deve parar. Não deve haver pilhagem, nem balcanização, nem guerra", disse Emmanuel Macron.

"Despertar coletivo"

O Presidente francês apoiou, assim, a "integridade" da RDC, mas advertiu que França não tem "uma solução por si só" dado que "a solução reside num despertar coletivo".

DRK Emmanuel Macron und Felix Tshisekedi
Emmanuel Macron durante encontro com Félix Tshisekedi: "A RDC não deve ser um despojo de guerra"Foto: Ludovic Marin/AFP

Falando sobre o Movimento 23 de Março (M23) - que conquistou grandes territórios durante o ano passado na província rica em minerais do nordeste Kivu do Norte, situação que o Governo congolês associa ao Ruanda, mas que Kigali nega -, Emmanuel Macron vincou que o Eliseu tem sido "muito claro quanto à condenação do M23 e dos seus apoiantes".

"Denunciamos e condenamos", salientou o líder francês, sem anunciar sanções como exige a RDC para o Ruanda, mas exortando as partes "a assumirem a responsabilidade".

Cessar-fogo

Na noite de sexta-feira (03.03), a Presidência da República de Angola, que está a mediar o conflito, anunciou que havia alcançado um novo cessar-fogo na região.

Os Presidentes da França e da República Democrática do Congo disseram hoje que esperam para terça-feira uma declaração "de todas as partes em conflito" do novo cessar-fogo nos combates entre o exército congolês e o movimento rebelde M23.

Emmanuel Macron chegou à RDC no âmbito de uma viagem à África, sendo este país uma das principais paragens da sua deslocação, após ter visitado Angola.

DRK Protest gegen Macron-Besuch in Kinshasa
Visita do Presidente francês ficou marcada por protestos contra a França e de apoio à Rússia em KinshasaFoto: Arsene Mpiana/AFP

O Presidente da RDC, Félix Tshisekedi, pediu ao seu homólogo europeu mais pressão para acelerar um processo de paz, que Macron prefere deixar por agora nas mãos das instituições regionais africanas.

Ajuda humanitária

À margem da visita do chefe de Estado francês a Kinshasa, a União Europeia (UE) anunciou este sábado a realização de uma ponte aérea humanitária para Goma, com o apoio da França, para ajudar as populações no leste da RDC.

A ponte aérea será implementada "rapidamente" e "permitirá a entrega de ajuda humanitária sob a forma de produtos médicos e alimentares, bem como uma série de outros produtos de emergência, em colaboração com a UNICEF [Fundo das Nações Unidas para a Infância] e outros parceiros de ajuda humanitária", segundo um comunicado da Comissão Europeia (CE).

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