Trump anuncia novas sanções económicas contra o Irão
9 de janeiro de 2020"Estamos a avaliar as opções em resposta à agressão iraniana. Os Estados Unidos vão imediatamente impor sanções económicas punitivas ao regime iraniano. Essas poderosas sanções vão permanecer até que o Irão mude o seu comportamento", disse esta quarta-feira (08.01), na Casa Branca, o Presidente norte-americano, Donald Trump, que descartou retaliações militares.
Na declaração na Casa Branca, o Presidente dos EUA também desmentiu que a retaliação do Irão tenha vitimado mortalmente militares norte-americanos. Segundo Donald Trump, todos os "soldados estão a salvo, havendo apenas a registar pequenos danos nas bases militares". Declarações que contrariam o balanço inicial feito pelas autoridades iranianas e que davam conta do registo de 80 mortos.
Qaunto ao acordo nuclear com o Irão, o líder norte-americano pediu aos parceiros do acordo nuclear de 2015 que deixassem o tratado, como fizeram os EUA em 2018. "Chegou a hora de Reino Unido, Alemanha, França, Rússia e China reconhecerem que tem de se afastar do acordo [nuclear] com o Irão. E devemos trabalhar juntos para um tratado com os iranianos que torne o mundo um lugar mais seguro e pacífico", declarou.
NATO concorda com "maior envolvimento" no Médio Oriente
Após contacto telefónico com Donald Trump, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) OTAN, Jens Stoltenberg, concordou sobre a possibilidade de os aliados "contribuírem mais" no Médio Oriente, como pediu o Presidente norte-americano.
Durante a conversa, ambos concordaram "que a NATO pode contribuir mais para a estabilidade regional e no combate ao terrorismo internacional", segundo um comunicado da Aliança. A NATO participa em missões de treino no Iraque e Afeganistão e como membro da coligação global que combate o grupo jihadista Estado Islâmico.
Esta quinta-feira (09.01), a Câmara de Representantes dos Estados Unidos votará uma resolução para limitar as ações militares de Trump contra o Irão. Trata-se de uma reação da oposição democrata que questiona o facto de o Presidente não ter pedido autorização legislativa para ordenar o ataque que matou o general iraniano Qasem Soleimani e que foi o estopim para a recente crise.
Na madrugada de quarta-feira (08.01), mísseis iranianos atingiram a base de Ain al-Assad, a oeste de Bagdade, e uma base no norte de Irbil, que também são usadas pelos militares dos EUA. Segundo informou a TV estatal iraniana, os ataques foram uma reação à morte do general Qasem Soleimani numa operação dos EUA na semana passada.
Desde a morte do general iraniano, o conflito no Médio Oriente tem escalado, com ameaças mútuas de ambas as partes, além de questionamentos sobre o acordo nuclear com o Irão e sobre a eminência de uma nova guerra.